A cigarra

Um dia conheci uma cigarra, pequena, frágil e didática;
Na verdade em nem a conhecia, mas já imagina do que se tratava;
Ela falava diversas línguas, que poucas pessoas entendiam;
Mas uma língua primordial, essa cigarra difundia.

A sua inteligência, era branda como uma maré;
Mas o que muito me encantava era os tantos que estavam aos seus pés;
Ela tinha 70 nomes, e não era chamada por nenhum;
A verdade daquela cigarra é que seu verdadeiro nome era “amor”.

Sua fragilidade não a impedia de andar;
E muito pelo contrário vários lugares podia explorar;
A cigarra cantava amores que um dia esperava ter;
Sofria, chorava e rezava esperando jamais se perder.

Um dia a cigarra calou-se e ninguém conseguia entender;
O que será que está acontecendo? Todos perguntavam ao seu ser;
Amores partidos, lembranças, será que chegou a abater?;
Mas eu no meu alto sentido, sabia o que ela queria dizer.

Calada, chorosa e pintada, ela tornou-se a cantar;
E disse a todos do ciclo, que jamais iria parar;
O canto da alma de dama, as vezes abaixa-se ao chão;
Mas isso faz parte da música que entorna seu coração.

Autor: EFSILVA.

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